Redes de ensino da capital e do Estado unem forças na mobilização

26/05/2015 14:59

FETEMS participou da Assembleia Geral da ACP (Sindicato campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), na manhã desta segunda-feira (25), no intuito de apoiar a mobilização dos professores da Rede Municipal de Ensino, que estão em greve a partir de hoje e de reforçar questões sobre a paralisação da Rede Estadual de Ensino que começa na quarta-feira (27). As duas redes deliberaram greve por tempo indeterminado. 

Segundo o presidente da FETEMS, Roberto Magno Botareli Cesar, o momento é de união de todos e a entidade sem dúvidas está apoiando os professores de Campo Grande e vice-versa. "Somos todos e todas trabalhadores e trabalhadoras em educação unidos em um só objetivo de que se cumpram legislações que conquistamos com muito suor e batalha. Nós exigimos a nossa valorização profissional e sem dúvidas Campo Grande e a Rede Estadual estão caminhando juntos nesse momento", disse.

De acordo Geraldo Gonçalves, presidente da ACP, o momento é de fortalecimento da mobilização. “Agradecemos o apoio da nossa Federação e seguimos firmes no propósito de paralisar por tempo indeterminado as escolas municipais a e somar na greve estadual”, afirma.

Em Campo Grande o cumprimento de legislações referentes a valorização da categoria é o principal ponto de pauta das reivindicações. Os professores exigem reajuste salarial de 13,01%, referente ao Piso Salarial Nacional Lei 11.738/2008, que foi reajustado em janeiro deste ano pelo Ministério da Educação e além disso, querem que a Lei Municipal 5.411/2014, que rege sobre a integralização do piso por 20 horas seja efetivada. Com isso o piso inicial de 20 horas, que é de R$ 1.697, passa para R$ 1.917.

Na Rede Estadual de Ensino os trabalhadores reivindicam o pagamento de 10,98% de reajuste dos professores. Referente ao cumprimento da Lei Estadual n° 4.464, de 19 de Dezembro de 2013, que rege sobre a implantação do Piso Salarial Nacional por 20 horas, como prevê o Plano Nacional de Educação. No compromisso firmado, o Governo do Estado, tinha até o dia 15 de maio, para negociar com a FETEMS, o pagamento do piso nacional por 20 horas até 2018 e a proposta apresentada é um retrocesso, pois ao invés da implementação do piso em quatro anos, que seria 2018, o poder público propôs reformular a Lei e aumentar a implementação para oito anos, no caso a legislação só seria cumprida em 2022.

Além disso, a FETEMS está brigando por um reajuste digno aos administrativos em educação e o atual governador, Reinaldo Azambuja (PSDB), ofereceu 0%, para a maioria das categorias de servidores. A entidade também quer trazer a data base dos funcionários da educação para janeiro, juntamente com a dos professores, para consolidar a unificação nas negociações.

Por último a Federação exige o pagamento de 1/3 de hora-atividade, referente a 2013, conforme a Lei Complementar 165.

Mobilização

Os professores de Campo Grande fizeram uma passeata hoje pela manhã, da sede do sindicato a prefeitura, e no período da tarde farão panfletagens na Afonso Pena e uma comissão deve se reunir com o prefeito, Gilmar Olarte.

As atividades da Rede Estadual de mobilização iniciarão juntamente com a greve.

Fonte: Fetems