A reforma ainda não está aprovada

11/07/2019 13:34

Com 379 votos favoráveis na última quarta-feira, a proposta de reforma da Previdência ainda precisa passar por mais um turno de votação na Câmara e por um longo caminho no Senado. Confira dicas para barrar esta ameaça 

Vera Jursys/Filme "Mobilizou Geral"

Condsef/Fenadsef

Uma mentira dita mil vezes nunca se tornará uma verdade, mesmo que prometam pagar milhões de reais, como o governo prometeu aos parlamentares que votarem a favor da proposta de reforma da Previdência. Uma mentira dita mil vezes pode alienar, enganar, manipular os mais fracos carentes de informação, mas seguirá sempre uma farsa construída de forma cruel.

A quantidade de pessoas "comuns", de classes média e baixa, que dizem apoiar a iniciativa do governo, assusta porque parece irreal que alguém defenda a extinção de seus próprios direitos, ainda mais o direito mais precioso conquistados a duras penas pelos trabalhadores brasileiros, como é a aposentadoria.

Por mais que o Executivo bata o carimbo do honestidade quando afirma que a PEC 6 combate privilégios, o texto aprovado deixa claro que a prática das novas regras, caso sejam definitivamente aprovadas, reserva um futuro miserável aos brasileiros, especialmente os que ganham pouco, porque receberão ainda menos quando estiverem idosos.

Não se trata de nenhuma "ideologia" política, mas de valores solidários, de fraternidade e de noção de comunidade. A proposta do governo é individualista, abandona o povo cada um à própria sorte e reduz drasticamente o valor das aposentadorias, inclusive daqueles que já recebem pouco. Miséria em arrocho orçamentário se multiplica.

O futuro do Brasil, com essa proposta aprovada, vai encarar aumento da pobreza, crescimento do número de idosos sem assistência e, consequentemente, aumento das taxas de violência e suicídio, que é exatamente o que aconteceu no Chile após a reforma de lá.

A derrota de ontem foi apenas o primeiro turno de um longo caminho de batalhas que ainda existe pela frente. Mais do que nunca, os brasileiros precisam todos se empenhar para barrar essa proposta e defender o direito à aposentadoria. Este empenho vem em diversas frentes. Damos abaixo algumas ações importantes:

1. Informe-se sempre. A base de uma sociedade igualitária reside especialmente na democratização da informação, tantas vezes restrita às elites intelectuais;

2. Tenha paciência para conversar com outras pessoas sobre os impactos reais da reforma da Previdência. É no diálogo que conscientizamos a população sobre a verdade;

3. Pressione seus deputados e senadores para votarem contra a reforma, mandando e-mails, telefonando para os gabinetes, pressionando nas bases;

4. Compartilhe conteúdos contrários à reforma pelas redes sociais, especialmente em grupos de WhatsApp. Garanta sempre que os conteúdos compartilhados sejam de qualidade e de fontes confiáveis para não cair em fake news;

5. Participe de atos em defesa da aposentadoria sempre que houver chamado. O próximo é amanhã, 12 de julho.

Aqui na Condsef/Fenadsef, seguimos de cabeça erguida e certos de que a guerra está longe de acabar. A garantia de nossos direitos depende de todos nós. À luta, camaradas!

Condsef/Fenadsef

Uma mentira dita mil vezes nunca se tornará uma verdade, mesmo que prometam pagar milhões de reais, como o governo prometeu aos parlamentares que votarem a favor da proposta de reforma da Previdência. Uma mentira dita mil vezes pode alienar, enganar, manipular os mais fracos carentes de informação, mas seguirá sempre uma farsa construída de forma cruel.

A quantidade de pessoas "comuns", de classes média e baixa, que dizem apoiar a iniciativa do governo, assusta porque parece irreal que alguém defenda a extinção de seus próprios direitos, ainda mais o direito mais precioso conquistados a duras penas pelos trabalhadores brasileiros, como é a aposentadoria.

Por mais que o Executivo bata o carimbo do honestidade quando afirma que a PEC 6 combate privilégios, o texto aprovado deixa claro que a prática das novas regras, caso sejam definitivamente aprovadas, reserva um futuro miserável aos brasileiros, especialmente os que ganham pouco, porque receberão ainda menos quando estiverem idosos.

Não se trata de nenhuma "ideologia" política, mas de valores solidários, de fraternidade e de noção de comunidade. A proposta do governo é individualista, abandona o povo cada um à própria sorte e reduz drasticamente o valor das aposentadorias, inclusive daqueles que já recebem pouco. Miséria em arrocho orçamentário se multiplica.

O futuro do Brasil, com essa proposta aprovada, vai encarar aumento da pobreza, crescimento do número de idosos sem assistência e, consequentemente, aumento das taxas de violência e suicídio, que é exatamente o que aconteceu no Chile após a reforma de lá.

A derrota de ontem foi apenas o primeiro turno de um longo caminho de batalhas que ainda existe pela frente. Mais do que nunca, os brasileiros precisam todos se empenhar para barrar essa proposta e defender o direito à aposentadoria. Este empenho vem em diversas frentes. Damos abaixo algumas ações importantes:

1. Informe-se sempre. A base de uma sociedade igualitária reside especialmente na democratização da informação, tantas vezes restrita às elites intelectuais;

2. Tenha paciência para conversar com outras pessoas sobre os impactos reais da reforma da Previdência. É no diálogo que conscientizamos a população sobre a verdade;

3. Pressione seus deputados e senadores para votarem contra a reforma, mandando e-mails, telefonando para os gabinetes, pressionando nas bases;

4. Compartilhe conteúdos contrários à reforma pelas redes sociais, especialmente em grupos de WhatsApp. Garanta sempre que os conteúdos compartilhados sejam de qualidade e de fontes confiáveis para não cair em fake news;

5. Participe de atos em defesa da aposentadoria sempre que houver chamado. O próximo é amanhã, 12 de julho.

Aqui na Condsef/Fenadsef, seguimos de cabeça erguida e certos de que a guerra está longe de acabar. A garantia de nossos direitos depende de todos nós. À luta, camaradas!

Fonte: Condsef/Fenadsef